Reciclagem de resíduos de betão

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Todos os anos, são desperdiçados um total de 500 milhões de metros cúbicos de betão. A Sika desenvolveu uma solução inovadora para reciclar este valioso material de construção e prepará-lo para ser novamente utilizado. 

O sector da construção enfrenta uma crescente pressão para responder a dois desafios fundamentais: reduzir as emissões de dióxido de carbono em conformidade com o Acordo de Paris e transitar de uma economia linear para uma economia circular, com vista a uma utilização mais eficiente dos recursos. Para a indústria do betão, isto significa diminuir o teor de clínquer no cimento para reduzir as emissões e aumentar a reciclagem para fomentar práticas mais circulares.

A nível global, por diversos motivos, cerca de 4% do betão fresco é devolvido à central de betão sem ter sido utilizado. Muitas vezes, planeia-se intencionalmente um excedente para evitar falhas de abastecimento. Atrasos na obra, anulações de última hora, erros na dosagem e problemas de qualidade também contribuem para que o betão fresco fique por utilizar.

A grande maioria deste betão não utilizado acaba em aterros. Apenas uma pequena parte é reaproveitada na construção de estradas ou transformada em blocos de betão, para muros ou estruturas. No entanto, este processo conduz a uma “subvalorização” – ou seja, à conversão de um material de construção de alta qualidade num produto final com propriedades inferiores. Embora a quantidade de betão não utilizado em cada obra possa parecer pouco significativa, numa escala global representa um volume anual de cerca de 500 milhões de metros cúbicos.
 

O enorme volume de resíduos poderia ser evitado se o material fosse reutilizado. A Sika desenvolveu soluções que permitem às centrais de betão reciclarem o material devolvido. As soluções da Sika possibilitam a criação de um agregado que pode ser reintegrado no ciclo de produção.

Adicionalmente, esta solução ajuda as centrais a cumprirem as suas metas de redução de emissões de carbono. Por cada metro cúbico de betão produzido, são libertados cerca de 200 a 400 quilogramas de emissões de CO₂.
 

A solução da Sika para a reciclagem de betão não utilizado baseia-se num princípio simples. Quando os camiões chegam à central com sobras de betão, o motorista ou o responsável de produção adiciona um aditivo em pó diretamente no tambor da betoneira. Este aditivo remove a humidade do betão num curto espaço de tempo, transformando a composição num granulado seco.

Em cerca de três minutos, o material sai do tambor da betoneira sob a forma de agregados. O betão reciclado fica então pronto para reutilização, quer como agregado em novo betão, quer como material de fundação para novas vias. Na produção de betão fresco, as centrais podem substituir até 20% da fração de brita por este granulado. Os adjuvantes da Sika são fáceis de aplicar, uma vez que não exigem infraestruturas específicas nem formação adicional para os colaboradores.
 

Atualmente, a Sika disponibiliza os seus adjuvantes nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Brasil, Chile e México. O feedback dos clientes tem sido extremamente positivo. As centrais estão interessadas na reciclagem de betão, não só por razões económicas, mas também devido à legislação cada vez mais exigente e à transição para uma economia circular.

A procura por betão reciclado está a crescer no mercado. Muitos projetos do sector público já exigem uma percentagem mínima de betão reciclado. Prevendo-se que esta tendência se mantenha, a Sika tem como objetivo introduzir estas tecnologias em outros países nos próximos anos. Com esta iniciativa, a empresa está a permitir que o sector da construção reduza o seu impacto ambiental e contribua para os esforços globais de redução de resíduos de betão, o que contribuiu para a circulação matérias-primas valiosas.