2025
São Paulo, Brasil
A Linha 6-Laranja do Metro de São Paulo é um dos maiores projetos de infraestrutura da América Latina, destinada a transformar a mobilidade urbana ao reduzir o tempo de viagem de 90 para apenas 23 minutos. Com recurso a tecnologia de escavação de ponta e às soluções Sika desenvolvidas à medida para escavação, betão e impermeabilização, o projeto está a superar desafios geológicos e urbanos complexos, assegurando uma linha de metro mais rápida, segura e sustentável para a cidade.
Descrição do Projeto
A Linha 6-Laranja do Metro de São Paulo, desenvolvida pela Acciona, é atualmente um dos maiores projetos de infraestrutura da América Latina. A linha terá uma extensão de 15,3 km com 15 estações, ligando o distrito de Brasilândia, a norte, à estação de São Joaquim, no centro da cidade. O principal benefício é a significativa redução do tempo de viagem — de cerca de 1h30 de autocarro para aproximadamente 23 minutos de metro.
O projeto inclui a escavação de túneis gémeos com recurso a duas tuneladoras (TBM). Para além das obras civis, contempla sistemas ferroviários, sinalização, energia e modernização urbana. Foram também integradas iniciativas de inclusão social e de sustentabilidade, como formação de mão de obra e mitigação de impactes ambientais. A conclusão está prevista para 2026, com uma procura diária estimada em cerca de 630.000 passageiros.
A Sika tem sido um parceiro essencial no sucesso deste projeto, fornecendo apoio técnico e soluções desenvolvidas especificamente para escavação com TBM, produção de betão, impermeabilização, selagem, colagem e reparação de betão — permitindo uma execução eficiente, segura e com mínimo impacto para os habitantes e para a cidade de São Paulo.
Requisitos do Projeto
A construção da Linha 6 Laranja do Metro de São Paulo destaca-se pela utilização de métodos construtivos avançados e tecnologias de ponta para enfrentar os desafios colocados por um projeto de tão grande dimensão. Em particular, responde a condições geológicas e urbanas altamente complexas ao longo do seu traçado.
Escavação de Túneis com Tuneladoras (TBM)
Para a escavação dos 15,3 km de túneis foram utilizadas tuneladoras EPB com 10,6 m de diâmetro. Estas máquinas permitiram a escavação subterrânea com mínima interferência à superfície, garantindo precisão e segurança. Até janeiro de 2025, já tinham sido concluídos mais de 13 km de túneis, com ritmos de escavação que chegaram a 41 metros em 24 horas. Este elevado desempenho foi possível graças às soluções Sika para TBM, que incluem agentes espumantes, polímeros, adjuvantes e massas lubrificantes.
Métodos de Escavação de Estações
As estações foram construídas com recurso a diferentes técnicas de escavação, selecionadas em função de fatores como espaço disponível, prazos, custos e condições geológicas:
- Valas a Céu Aberto (VCA): Escavação iniciada à superfície, criando uma grande escavação aberta. Após a execução das estruturas internas, a área é coberta e a superfície reposta. Utilizado em estações como Brasilândia, Vila Cardoso, Santa Marina, Sesc-Pompeia e Perdizes.
- Valas a Céu Aberto Top-Down: Semelhante ao método tradicional de VCA, mas com construção das lajes e estruturas de cima para baixo. Permite rampas de acesso a equipamentos pesados, acelerando a escavação dos níveis inferiores. Aplicado na estação Santa Marina.
- Método Austríaco de Tunelação (NATM): Escavação sequencial de túneis, permitindo maior controlo em terrenos geologicamente complexos. Utilizado em estações como Itaberaba, João Paulo I, Freguesia do Ó, Água Branca, PUC-Cardoso de Almeida, Angélica-Pacaembu, Faap-Mackenzie, Bela Vista e São Joaquim.
Poços de Ventilação e Saídas de Emergência
Para além das estações, o projeto inclui a execução de poços de ventilação e saídas de emergência. Em algumas zonas, como a norte do VSE Tietê, foram escavados poços adicionais interligados por túneis NATM. Esta adaptação foi necessária devido às características geológicas da região, permitindo avançar a escavação em terreno rochoso mais estável.
Desafios Gerais
A profundidade das estações e a adaptação a perfis geológicos complexos, sob prazos apertados, foram alguns dos principais desafios. Algumas estações destacam-se pela profundidade. A estação Higienópolis-Mackenzie, por exemplo, será a mais profunda do sistema de metro de São Paulo, atingindo 69 metros abaixo da superfície. Esta profundidade aumentou a complexidade da obra, exigindo técnicas avançadas de escavação, reforço estrutural e impermeabilização, para as quais foram adotadas soluções Sika de última geração.
Durante as escavações foram encontrados solos arenosos e afluências de água, que representaram desafios extremos. Nesses casos, a equipa adaptou os métodos construtivos, implementando técnicas de estabilização de solos para garantir segurança e continuidade. Operacionalmente, foi necessário mobilizar equipamentos de grande porte para montagem e operação das TBM, incluindo gruas com capacidade até 1.000 toneladas — fundamentais para a instalação de componentes pesados, como o cabeçote de corte, essencial ao avanço da escavação.
Produtos Utilizados
Betão
Sika® ViscoCrete®
Sika® Separol®
Sika® Antisol®
Sika® Rugasol®
Tuneladora (TBM)
Sika® Sigunit®
SikaTard®
Sika® Stabilizer
Impermeabilização
Sikaplan®
SikaInject®
Selagem e Colagem
Sikaflex®
SikaBond®
Reabilitação
Sika® Repair
SikaGrout®
SikaTop®
Participantes no Projeto
Dono de Obra
Governo do Estado de São Paulo
Empreiteiro
Acciona, S.A.
Organização Sika
Sika Brasil